A ascensão dos Micro-VCs
Na última década, novos atores entraram no mercado de Venture Capital, dando opções paralelas a um ambiente antes dominado por fundos institucionais.
Helena Ribeiro
15/8/2024
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Querida comunidade Kria,
Na última década, novos atores entraram no mercado de Venture Capital, dando opções paralelas a um ambiente antes dominado por fundos institucionais. Agora, contamos com um mercado pulverizado, onde investidores anjos, clubes de investimentos, plataformas (oi!) e micro-VCs firmaram seu papel.
Na news de hoje, vamos falar sobre os micro-VCs. Café na mão?
Na definição da Pitchbook, os Micro-VCs se configuram como qualquer fundo com menos de $50 milhões; enquanto isso, a Crunchbase sobe um pouco a barra para $100Mi; mas, no Brasil, é comum que esses fundos sejam menores. Num geral, são escritórios pequenos, especializados em early stage e que ajudam durante a fase de escalar as empresas, seja gerando conexões, seja provendo expertise em diferentes temas. Além disso, ao se voltarem para empresas iniciais, os micro-VCs também mostram que estão mais abertos a aceitar os riscos, se beneficiando quando as empresas crescem exponencialmente (sim, a curva em J entrou aqui, de novo).
De acordo com a Crunchbase, o número de micro VCs aumentou 120% na última década, com cerca de 58% com sede nos próprios EUA. Esse rápido crescimento faz com que seja esperado um aumento também no tamanho do mercado, onde se projeta um boom de vários milhões de dólares até 2029:
Atualmente, cerca de 70% dos Micro-VCs investem em early stage, e contam maior flexibilidade e adaptação de tese. Uma vez que costumam contar com menos LPs envolvidos, também têm capacidade de tomar decisão mais rápida. Outro ponto interessante é a menor obsessão com os unicórnios, uma vez que se interessam por empresas com capacidade de crescer e distribuir valor aos investidores com exits que podem ser “só” milionários, não sendo tão ansiosos com o valuation de um bilhão.
É claro que a cereja do bolo dos Micro-VCs reside no acompanhamento da empresa e no relacionamento com a equipe fundadora. Isso porque eles trocam a política de ter diversas empresas no portfólio, como nos fundos maiores, e, com isso, podem dedicar mais tempo no auxílio das investidas.
Por aqui, somos muito adeptos à tese de um mix de capitais investindo nas empresas. Temos co-investimento com importantes micro VCs, como a Grão, investidora da Mais Mu, EquityRio, nossa parceira e investidora na The Question Mark e Flip Saúde e, recentemente, a STRIVE, que está liderando a atual rodada bridge de R$3 milhões da Flip Saúde. Um motivo de orgulho para nós é que a STRIVE conheceu a Flip Saúde quando convidamos Thiago Galli, managing partner da empresa, a ser nosso Deal Partner na rodada realizada em 2023. Foram 18 meses de relacionamento construído entre as partes.
Por isso, também fica o convite: quer apresentar seu negócio para o Kria? É só demonstrar seu interesse e o time de VC entra em contato com você :)
- Como mencionamos, a Flip (antiga Axxes) recebeu aporte da Strive. Pelos próximos dois anos, contará com o auxílio de 35 investidores que entraram pela Strive; entre eles, nomes como Pedro Conrade, CEO e fundador do Neon, Marco Cauduro, ex-CEO da CCR e sócio da Prisma Capital, e Maria Teresa Fornea, vice-presidente da unidade de home equity da Creditas.
- A Fluke lançou um espaço para empresas, onde fornece planos de telefone corporativos.
- E, claro, relembre nossa incrível página de comemoração dos dez anos de Kria!
Obrigada por ter me acompanhado até o fim de mais uma news. Nos encontramos toda quarta-feira, 16h37! Dúvidas, opiniões, feedbacks? Basta responder esse e-mail! :)
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Helena Ribeiro
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Internacionalista, escritora e redatora, Helena trabalha no Kria há 3 anos. Semanalmente, redige a nossa newsletter, onde assina como a famosa "Le, do Kria".