Qual o preço da imortalidade?

Já pensou em viver para sempre? Alguns bilionários sim.

Helena Ribeiro

23/7/2024

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min de leitura

Querida comunidade Kria,

Já pensou em viver para sempre? Posso dizer que alguns bilionários já, o suficiente para estarem financiando pesquisas para chegar o mais próximo disso possível. Do outro lado, existem pessoas usando a tecnologia para gerar melhor qualidade de vida para idosos na atualidade.

A news de hoje é sobre a relação entre tecnologia e envelhecimento. Café na mão?

A candidatura do atual Presidente Democrata Joe Biden à reeleição movimentou a imprensa e a internet acerca da ideia do envelhecimento. Uma das pautas de maior fascínio da sociedade – desde o antigo Egito, até o Renascimento – tem sua cota de fascínio também no Venture Capital.

O que pode parecer uma premissa meio irreal ou cyberpunk é, na verdade, uma tendência: acreditando que a morte é o próximo problema a ser resolvido, surge uma busca interessante por auxílio da tecnologia para a longevidade. Estou falando de empresas que buscam prolongar a vida…indefinidamente. E, para isso, o mercado de VC entra como uma forma de arrecadar fundos para as pesquisas dessas empresas.

As iniciativas são diversas: existem iniciativas que tentam reverter o envelhecimento a nível celular, enquanto outras apenas o retardam e, quando nenhuma das duas foi o suficiente, a criogenia entra com muita relevância aqui. Sobre essa última em específico, sua força é tão grande que já existem formas de você proteger seu patrimônio por até quinhentos anos como parte de uma ideia de “quando voltar, terei acesso”. Pegaram a vibe de faraós e suas pirâmides?

O mercado é tão reservado que mesmo achar dados sobre seu tamanho é complicado, mas os investimentos estão em algo entre $5Bi a $6Bi anualmente. Diferente dos mercados mais populares no Venture Capital, como fintechs, SaaS ou A.I, o investimento é extremamente mais arriscado e de longo prazo. Isso porque demanda anos de pesquisas científicas e experimentações: ou seja, um ciclo de financiamento muito superior ao prazo dos fundos. É por isso que a Indústria da longevidade é sustentada por fundos específicos e alguns bilionários. Entre os investidores, temos grandes nomes como Sam Altman (OpenAI), Jeff Bezos (founder Amazon), Larry Page e Sergey Brin (founders Google), Peter Thiel (PayPal) e Larry Ellison (Oracle).

Enquanto alguns buscam a vida eterna, um movimento mais expressivo de negócios quer melhorar a qualidade de vida dos idosos: as age techs. A ideia geral é criar aparatos para que a tecnologia ajude a proporcionar uma vida digna, com melhores condições de saúde, independência, mobilidade e inclusão social.

Quando falamos do mercado de age techs, o cenário é promissor e bem menos sigiloso: de acordo com a the Gerontechnologist, espera-se que chegue aos US$2 trilhões investidos. Isto é motivado por dois fatores: o crescimento da chamada “Economia da Longevidade” (gastos de mais de 50 anos), que foi de $26Bi para $37Bi a nível mundial; e crescimento na taxa de digitalização, que pulou de 4% para 8%.

Falar sobre a tecnologia para alongar a vida é sempre interessante. E, seja com visionários quase loucos querendo perpetuar a existência ou com visionários mais tranquilos que buscam melhorar a vida que já temos, o mercado se equilibra.

Julho é a época dessa pergunta. Felizmente, a Slinghub já lançou o material do Q2 da américa latina, trazendo mais informações sobre como foi. E, cobrindo de forma simples: o volume investido aumentou um tanto, seja na comparação entre quarters, seja na comparação entre anos. Ainda assim, o número de rounds diminuíram.

Assim, os rounds estão maiores. Por aqui, chegamos até a ver o late stage, com rounds B e C sendo celebrados! Mas o pódio continua com o early stage, com 112 rodadas em LatAm, da qual 74 são no Brasil.

Estamos de olho com as próximas movimentações.

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RESPONSÁVEL PELO ARTIGO

Internacionalista, escritora e redatora, Helena trabalha no Kria há 3 anos. Semanalmente, redige a nossa newsletter, onde assina como a famosa "Le, do Kria".

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